quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Rio, não é Rio de Janeiro. ( reflexão )


RIO DE JANEIRO EM CRISE.

 

O Rio de Janeiro terá que cair  perante a própria e dura realidade. Acabou o dinheiro e o Estado está paralizado e se dissolvendo. A tragédia financeira é tal que as autoridades públicas estão correndo perdidos em círculos.






 


 Numa atitude séria e enérgica o governador expediu ato simbólico e exemplar, determinando a diminuição dos próprios proventos, do vice governador e dos servidores públicos do Poder Executivo estadual. A situação é realmente séria para chegar a esse ponto.

 

Acabou o dinheiro, e nesse passo, energia elétrica de algumas escolas por falta de pagamento foram cortadas e alguns hospitais do Estado, na capital e no interior estão semi fechados. As Universidades mantidas pelo Estado do Rio de Janeiro, ou seja a UNERJ e a Universidade Estadual de Campos, estão com sérias dificuldades e praticamente funcionando num rítimo longe de transmitir a pesquisa e o saber a que se propôs quando a idealizaram. Agora, aproveitam as férias para economizarem e não abrirem as portas.

 

Em muitos municípios a merenda escolar esteve suspensa por conta da não aquisição por falta de pagamento. Também, por falta de pagamento, prontos socorros deixaram de receber esparadrapos...

 

Demorou muito, mas o que está acontecendo não surpreende. É fruto da própria história do Rio de Janeiro. O Estado vive de ilusão, de passado e de alegria. E alegria, só alegria, não enche barriga. O Estado vive de acertos e politicagens à caça de grana federal. Há muitos anos.

 

Foi sede da Metrópole, Portugal, Algarves e Brasil. Foi sede da Monarquia. Foi sede da República. Enfim, sempre viveu às custas do erário federal, mas agora acabou...

 

Mas não será logo que as mudanças necessárias deverão acontecer, pois a União depositou quarenta e cinco milhões no último dia de 2015 para suprir hospitais e... O carioca foi à praia soltar fogos.

 

Daqui alguns dias serão outros milhões para as Olimpíadas... Lamentável conviver com essa postura incoerente.

 

Se o que se investe no Rio fosse investido no Piauí, talvez o símbolo do terceiro mundo tupiniquim já fosse um Estado mais desenvolvido. Se as organizações da família Marinho fossem honestas no mais amplo dos sentidos, o Rio de Janeiro  provavelmente não estivesse quebrado e o Brasil melhor situado.

Convido a todos à profunda reflexão.

Roberto J. Pugliese
Cidadão Cananeense.
Autor de Terrenos de Marinha e seus acrescidos. Letras Jurídicas, 2009.

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