(Memória nº 125.)
Contrato no sítio da Estrada do
Ariri.
Há
tempos bem distantes Lourenço recorda-se que certa vez foi a um sítio, no pé da
serra, próximo à Itapitangui, bairro continental de Cananéia, e com sua máquina
de escrever elaborou um contrato de cessão de posse. Uma Olivetti que pertencera a seu pai e que o
acompanha até hoje, ainda que tenha mais de 50 anos de uso.
Um
casal de caiçaras vendia para um comerciante de Cananéia o sítio, situado num
aprazível recanto, bastante convidativo. Um japonês que posteriormente empreendeu
um hotel no centro da cidade era o adquirente.
Passado
alguns anos, um vigarista entrou com ação de reintegração de posse contra o
comerciante, alegando ser o proprietário do imóvel, juntando como prova uma
escritura lavrada em Araçatuba, com os cedentes representados por procuração
lavrada em Poços de Caldas e residentes em Campinas... Uma trama muito mal
organizada que, após alguns anos de conflito, terminou com Lourenço obtendo
sentença favorável, confirmada pelo Tribunal de Justiça, ao velho cliente e
amigo.
Recentemente
os herdeiros do comerciante, já falecido, venderam o imóvel para um casal de
estrangeiros que ergueram uma pousada e restaurante. O local, como já dito é
bonito e acolhedor, com paisagem bastante convidativa, mormente para quem
procura contato próximo à natureza.
Enfim,
são inúmeras as recordações de Lourenço advindas de suas andanças pelo litoral
paulista, em especial na região do Vale do Ribeira e Lagamar, onde ainda hoje freqüenta
e milita profissionalmente.
Roberto J. Pugliese
Cidadão
Cananeense
Vereador
à Câmara de Cananéia, 1983.
Procurador
Jurídico da Câmara de Vereadores de Itanhaém.
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